segunda-feira, fevereiro 21, 2005

Terapia cibernética

Tudo é transitório. Quem está hoje arrumado pode ser rei amanhã. Não há um "último round" em política e mesmo a vitória mais esmagadora é sempre temporalmente relativa.
Com trabalho e espírito de sacrifício e empreendedor pode sempre vislumbrar-se um futuro mais ridente daquele que presentemente se avizinha.
O PSD devia ser vermelho, da cor do Fogo: a Fénix vai erguer-se das cinzas e ainda que algo superficialmente, tudo voltará a fazer sentido mais tarde ou mais cedo, politicamente falando.

Saudações democráticas

"Nada é mais opressivo do que a maioria: é que ela é composta por um pequeno número de cabecilhas enérgicos, de patifes que se acomodam, de fracos que se assimilam e da massa que lá vai nem bem nem mal, sem saber de modo algum aquilo que quer."
- Johann Wolfgang Von Goethe

"O grande sonho da democracia é elevar o proletariado ao nível da estupidez da burguesia. O sonho está em parte realizado."
- Gustave Flaubert

"O sufrágio universal, a mais monstruosa e a mais iníqua das tiranias- porque a força do número é a mais brutal das forças, não tendo mesmo a seu favor a audácia ou o talento."
- Paul Bourget

"A democracia é o nome que damos ao povo sempre que precisamos dele."
- Roger De Flers

Admito que sou um mau perdedor, mas os dados estavam viciados. Os tiranos aqui são o Presidente da República com um poder despótico de dissolução sobre um órgão de legitimidade democrática semelhante, uma faculade sem um mínimo critério material balizador: logo injustificado, logo injusto, logo tirânico; também a ignorância e a falta de horizontes do povo é culpada: o seu interesse próximo e a sua falta de abnegação em prol do futuro, o seu imediatismo bronco e inconsequente.
Se ao fim de quatro anos mudasse a cor dos que lá estão eu não escreveria isto, mas houve batota e um patife pelo meio - Jorge Sampaio.
Com dados viciados o mau perdedor não é aquele que se revolta, mas aquele que se cala, o fraco resignado.

Os "Media"

O povo pode ser declaradamente disto ou daquilo. O povo pode ser leviano ou obtuso. Os "media" não.

Os "media" modernos são a mais poderosa e perigosa força de censura que alguma vez existiu, a propaganda do regime dos Obtusos: o povo de Portugal.

Isenção não é sinónimo de cedência à conjuntura.

A Manuela Moura Guedes devia ser, no mínimo, deportada para a Coreia do Norte ou para Cuba. Se fosse uma prisioneira num campo de concentração da Sibéria no tempo de Estaline não teria de certeza tantas razões para fazer aquela sua troça baixa, descarada e mesquinha.
Até de um percevejo -de uma pulga ou de uma carraça- se espera uma golpada discreta.

"Os leões domei-os eu,
Os tigres matei-os eu,
As serpentes pisei-as eu.
Devorado fui eu
pelos percevejos."
- Bertold Brecht

Os Abutres

Marcelo Rebelo de Sousa e Pacheco Pereira nem sequer têm a decência de saborear com elevação os resultados monstruosos das suas vis campanhas de projecção - essa sim verdadeiramente negativa- à custa de críticas substantivamente falaciosas e iníquas ao Governo cessante. Cavaco, o mais refinado dos predadores, prefere guardar silêncio: um silêncio régio, um silêncio estudado. É o mais abjecto, o imperador dos abutres: aquele que dá a bicada final, a estocada da fotografia quando a presa está já defunta.
Esta é a tríade dos Idiotas.

O Palhaço

Não fala à porta de casa, mas fode o país no quintal. Hoje Jorge Sampaio está feliz: "uma maioria, um Presidente."

domingo, fevereiro 20, 2005

Santana Lopes

Não deve acontecer o que acho que seria correcto. Para mim a sua hora ainda não chegou. Acredito que ainda tem muito para dar. Merece ir longe.

Paulo Portas

Um monstro da dignidade. De momento, Portugal não o merece.

Um dia triste

Noite de eleições. Vitória com maioria absoluta do P.S.
"Alea jacta est", os dados estão lançados, estamos lançados num caos aleatório. Creio que o povo não tem noção mínima do que acabou de fazer. Desiludir-se-á em breve.